O fruto do jatobá tem inúmeras propriedades nutritivas e medicinais. Dele se aproveitam a semente para cosméticos, a polpa para obtenção da farinha e a casca para chás e xaropes. Falaremos de um outro uso da casca: a sua aplicação na jardinagem.
Além de um bonito acabamento, ela é relativamente durável e, ao apodrecer, incorpora-se ao solo, tornando-se alimento para as plantas. Triturada, ela se torna um rico substrato para as orquídeas, facilitando o escoamento da água e a fixação das raízes.
As plantas se alimentam da água e dos nutrientes do solo. Esses nutrientes são compostos por minerais provenientes da própria rocha e da matéria orgânica ali depositada. Em seu ambiente natural, folhas, galhos e frutos que caem são decompostos por fungos e bactérias, transformando-se em húmus e este, por sua vez, constitui importante fonte de alimentação dos vegetais.
Em ambientes urbanos, essa interação natural é interrompida e, em muitos casos, os solos ficam expostos ao sol, à chuva, à enxurrada e ao vento. Sem nenhuma proteção, as matérias orgânicas são levadas pela enxurrada e o solo perde a fertilidade. Os minerais presentes nas rochas não são suficientes para atender as necessidades das plantas. Além disso, os solos expostos ressecam e se aquecem com mais facilidade, perdendo os microrganismos essenciais à interação entre as plantas e a base que as sustenta.
O mesmo acontece com as plantas cultivadas em vasos: os nutrientes são transportados pela água em excesso, fazendo com que elas se tornem desnutridas. Alguns sintomas de desnutrição podem ser observados na tonalidade menos vibrante das folhas, as flores e frutos não têm o mesmo viço, os brotos perdem a força, enfim, percebe-se que o desenvolvimento da planta está aquém da capacidade da espécie.
Para devolver o viço que se deseja, é preciso alguns cuidados tanto com a rega quanto com o solo. Nos canteiros e também nos vasos, deve-se trocar a terra de vez em quando. Outro cuidado é retirar os caules mais velhos e substituí-los pelas mudas mais jovens.
A nova terra pode ser obtida em floriculturas, que geralmente já a fornecem com a composição ideal, misturando terra fofa com calcário, compostos químicos e matéria orgânica. Se você preferir, ou se tiver acesso, escolha terras mais escuras, onde ocorre deposição de matéria orgânica, como folhas, palhas, galhos, frutos maduros e dejetos de animais.
A cobertura do solo dos vasos e dos canteiros é essencial para manter a umidade, impedir a insolação direta, proteger os microrganismos e evitar a erosão. Outro benefício é o embelezamento do canteiro ou do acabamento do vaso. Usam-se folhas trituradas, cascas de pinus, raspas de madeira e outros materiais. Com a casca de jatobá, você terá um subproduto da floresta no seu jardim.
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