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Encontrada em toda a faixa tropical o continente americano, a espécie tem ampla área de distribuição geográfica, estendendo-se desde a costa ocidental do México, sul da Bolívia, Amazônia, Nordeste até o Centro-Sul brasileiro, correspondendo aproximadamente às latitudes 23o N até 25o S, indo da região Norte, estendendo-se até o Piauí e chegando ao norte do Paraná. As árvores são perenifólias a semi-caducifílias, podendo atingir 25 m de altura e 120 cm de DAP (diâmetro a altura do peito). 

Apresenta ramificações racemosa, irregular com copa grande e arredondada e folhagem densa; suas cascas com espessura de até 10 mm, a casca externa é cinza clara, levemente áspera com pequenos sulcos superficiais. A casca interna é rosada exsudando resina cor de vinho; suas flores são hermafroditas de cor branca a creme reunidas em corimbo, possuindo em média 14 flores terminais; e seus frutos são vagem lenhosa, revestida por polpa carnosa, farinácea com odor adocicado característico e comestível com 12 a 17cm de comprimento e 5cm de largura contendo de 2 a 8 sementes; e suas sementes são da cor de vinho, ovalada com 2cm de comprimento. L

 

 

Das 17 espécies do gênero, a courbaril é a que apresenta maior área de dispersão. Destas espécies, apenas uma ocorre na África, Madagascar e Ilhas Mascarenhas, sendo todas as demais encontradas na América tropical (Weaver, 1987). Segundo Carvalho (1994), das 17 espécies, 13 ocorrem no Brasil. O jatobá ocorre em regiões com temperatura média anual de 22 a 28º C e pH do solo de 5,5 a 7,5. Sua área de ocorrência natural abrange altitudes de 40 a 900 m, com precipitação média anual de 1000 a 2000 mm com chuvas concentradas no verão ou no inverno e estação seca de no máximo 5 meses (Carvalho, 1994). 

Ocorre nos tipos climáticos Af, As, Aw, Cwa, Cwb e raramente no Cfa, preferindo climas com temperatura média do mês mais frio entre 16º e 24º C e do mês mais quente de 22º a 30º C. Cuidados e técnicas Artigo Em relação aos solos, como a maioria das espécies de madeira dura, o jatobá cresce melhor em solos profundos, férteis, úmidos e bem drenados. Pode crescer em solos de toda a textura, porém desenvolve-se melhor em solos arenosos.

 O jatobá floresce durante a estação seca até o início da estação chuvosa, com os frutos amadurecendo durante a estação chuvosa. A floração desta espécie ocorre de setembro a novembro em Minas Gerais e de setembro a dezembro no Ceará (Carvalho, 1994). 

A polinização é feita por morcegos (quiropterofilia) durante a noite e provavelmente por beija-flores durante o dia. A dispersão das sementes é feita por grandes mamíferos (Zoocoria), destacando-se a anta e a paca, em que a semente ao passar pelo trato digestivo dos animais supera a fase de dormência. No entanto, a força da gravidade é o único meio de disseminação em muitas ilhas do Caribe (Francis, 1990). Segundo Francis (1990), as vagens maturam ao redor de 9 meses após a florescência e caem em um período de três meses. Uma só árvore pode produzir mais de 100 vagens, porém somente uma parte das árvores produzem em um dado ano. 

Se as vagens são deixadas sobre o solo, a germinação das sementes pode levar vários meses, somente sendo possível após o apodrecimento do fruto. Se as vagens não são abertas, a maioria das sementes perde a viabilidade dentro dos frutos. As sementes são obtidas com maior facilidade mediante a coleta e a abertura dos frutos recém caídos. O município de Florida Paulista possui um viveiro municipal, onde são produzidas cerca de 10.000 mudas nativas/ano. Desse total, cerca de 30 % são o Jatobá. As mudas são distribuídas ao longo do ano nos respectivos TCRA (Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental). 

Os termos são gerados a partir de qualquer adequação de estradas rurais, intervenções em área de preservação permanente (reformas de pontes); términos de aterros sanitários, novos parcelamentos de solos (loteamento), dentre outros projetos. Parte dessas mudas são doadas para produtores rurais e urbanos, para plantio em áreas de matas ciliares, APP e jardinagens. 

Cuidados e técnicas

Na produção de mudas a escarificarão mecânica próxima à região do embrião é o primeiro passo, pois facilita a entrada de água, melhorando a taxa de germinação. Após o processo, suas sementes são colocadas em tubetes compostos por substrato de baixa densidade, leve e com grande rendimento, o que facilita o manejo e saque das mudas em qualquer espaço e recipiente de plantio; e coberto com sacos de estopa, para controle da temperatura. Na composição dos substratos, são utilizadas matérias-primas como turfa de Sphagnum, conhecida como turfa canadense e ou europeia, perlita expandida, vermiculita expandida, e casca de arroz torrefada, entre outros.

 



 

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